Professor, escritor e advogado, lecionou em Nanuque durante mais de 30 anos
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João Carlos de Oliveira: mais um prêmio de peso nacional |
O baiano João Carlos de Oliveira, professor de Língua
Portuguesa, escritor e também advogado, acaba de conquistar mais um prêmio: 1º
lugar na categoria Poema dentro do Selo Off Flip 2024, renomado prêmio literário
de notoriedade nacional mantido pela editora Selo Off Flip.
João é natural de Jacobina-BA, mas morou e trabalhou em
Nanuque entre as décadas de 1960 e 1990, como professor de Língua Portuguesa em
escolas das redes pública e particular. Nos anos 1980, decidiu cursar Direito
em Teófilo Otoni e passou a atuar, também, como advogado. No final dos anos
1990, retornou ao solo baiano e fixou residência em Teixeira de Freitas. Vai
completar 78 anos em fevereiro próximo.
A paixão pela literatura, especialmente a poesia, é marca
de sua trajetória, com cerca de 12 livros publicados e pelo menos outros seis a
publicar. Já foi premiado em dezenas de concursos pelo País. Em seu perfil no
Facebook, chegou a escrever: “Vivo a poesia e curto cultura ostensiva. Admiro a
pessoa justa e simples - como andar de metrô como Bon Jovi. É preciso entender
que a fama e a notoriedade não dependem de veículo. Sou contra as
arbitrariedades de autoridades e abomino quem gosta de aparecer no Ibope do
nada.”
O escritor é membro titular da cadeira nº 27 da ATL –
Academia Teixeirense de Letras. Além das honrarias e da premiação em dinheiro,
a conquista do 1º lugar garante ao autor a presença no livro “Tchê!”, uma
coletânea literária que reunirá os contos, crônicas e poemas premiados no
Brasil e no exterior. O projeto será lançado em parceria com a FLIP – Festa
Literária Internacional de Paraty, reafirmando a importância do prêmio no
cenário literário nacional.
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Com o filho Péricles, durante visita à redação-ateliê Nexus Assessoria/Objetivo, de Nanuque, em novembro de 2021 (arquivo) |
ACADEMIA DE LETRAS - A ATL celebrou a conquista de seu acadêmico, destacando que o reconhecimento nacional engrandece a cultura de Teixeira de Freitas e inspira novos talentos locais. A premiação será oficializada durante a programação da próxima edição da FLIP, consolidando mais um capítulo de sucesso na carreira de João Carlos de Oliveira.
Os vencedores da categoria poema, versão nacional, foram: 1º – João Carlos de Oliveira - “Tresloucado poema abstrato” – Teixeira de Freitas – BA; 2º – Marcos Tavares - “Canto Bagual” – Vitória – ES; e 3º – Daniela Alves - “Margem” – Viçosa – MG.
O SELO OFF FLIP
- Sediado em Paraty, o Selo Off Flip destaca autores estreantes, embora tenha
em seu catálogo escritores com trajetória estabelecida. A editora é dirigida
por Ovídio Poli Junior, escritor paulista que entre 2006 e 2018 foi curador da
Off Flip das Letras, evento paralelo e complementar à Festa Literária
Internacional de Paraty (FLIP) que reuniu nesse período escritores do Brasil e
do exterior em saraus, oficinas, lançamentos e mesas de debate, com entrada
gratuita e aberta ao público.
O Selo tomou projeção no contexto da festa literária
internacional e ao participar de eventos e feiras literárias no Brasil e no
exterior – em 2013 títulos da editora estiveram na Feira de Frankfurt (que teve
o Brasil como país homenageado). Em 2023, 32 títulos do catálogo foram
adquiridos pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Uma das ações da
editora é o Prêmio Off Flip de
Literatura, que completará 20 anos em 2025.
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A foto de João Carlos é a mesma que foi utilizada na campanha eleitoral de 1982 (arquivo) |
JOÃO JÁ FOI CANDIDATO A PREFEITO DE NANUQUE
Uma curiosidade na biografia de João. Nas eleições de 1982, nada menos que 42 anos atrás, quando o Brasil ainda vivia os últimos anos da ditadura militar, João Carlos, aos 35 anos, foi candidato a prefeito de Nanuque pelo PMDB, hoje MDB, tendo o publicitário e também graduado em direito Carlos Veronesi, o Carlão, aos 27 anos, como vice. A chapa ficou em terceiro lugar na disputa que teve como vencedor José de Carvalho Caires, o ‘Tio Zé’, e em segundo Geraldo Conceição Romano, que já havia sido prefeito duas vezes (1967-1970 e 1973-1976). O PMDB era bandeira contrária à ditadura militar.
NO STELLA MATUTINA
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