Cantor vai completar 73 anos cultivando
imensa paixão por Nanuque
João em dois momentos - no final dos anos 1980 e atualmente: samba sempre |
Olhando pra ele, é claro que não
parece, mas o nosso cantor João do Samba está perto de completar 73 anos de
idade – dia 8 de agosto. Nascido em Araçuaí, Vale do Jequitinhonha mineiro,
veio para Nanuque com apenas três ano de idade e acabou sendo registrado por
aqui mesmo.
Quando o assunto é samba, o
sr. João Gomes Ferreira é unanimidade, tanto que virou João do Samba há muito
tempo. O prof. Ademir Jr., editor de sites, blogs, jornais e revistas, chega a
comentar: “Samba é o ritmo que tem a cara do Brasil, a cara de todos nós. Tem
gente que tenta cantar samba e até consegue, porque o samba está no sangue e na
alma, mas com o João é diferente – ele É o próprio samba. Sua voz melodiosa dá
um brilho especial em qualquer música.”
Mas é o próprio João quem confessa: “A música me
despertou lá nos anos 60, quando surgiu a Jovem Guarda, logo em seguida os
festivais da canção da Rede Record. Identificado com o samba, comecei no final
dos anos 70, quando foi criada em Nanuque a Escola de Samba Unidos do Bueno, ao
lado do saudoso Euvaldo Novais e o amigo Isaque da Geladeira e outros amigos,
quando compus duas músicas - uma se perdeu no tempo e a outra se chama ‘Eu
quero ver’. Também fiz parte do grande grupo Samba Show, na década de 80,
juntamente com Toninho,Tito Artes, Otelino, Carlos e Isaque.”
Em 1981, ganhou seu primeiro
concurso de calouros. Daí por diante, nunca mais deixou de cantar nas casas
noturnas, incluindo a famosa “Casa Branca”, na Avenida Belo Horizonte, centro
de Nanuque, por mais de três anos. “Éramos Toninho, Lucinho, Nazinho – os melhores
músicos da região - e eu. Na época, chegamos a fazer apresentações em Vitória e
cidades da região nos anos 80 e 90”.
João orgulha-se de ser autor
da música “Orgulho de Ser Nanuquense”, que é bastante conhecida, quase que um
hino da cidade. Também compôs outras canções, como “Sonho de uma
lavadeira" , "Estende a mão", "Fonte da Vida " ,
"Mangueira beleza rara" e
outras, algumas em parceria com o amigo Tito Artes.
Servidor público aposentado,
até hoje canta, participando voluntariamente de eventos sociais. Suas referências
musicais são muitas, com destaque para os consagrados Martinho da Vila, Roberto
Ribeiro, Benito de Paula, Paulinho da Viola, entre outros.
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