Juiz decretou
falência da empresa
UNIDADE DA ALCANA (foto-arquivo) |
O grupo sucroalcooleiro Infinity Bio-Energy – controlado
pela Tinto Holding, do empresário Natalino Bertin – teve a falência decretada
pelo juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações
Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme decisão publicada nesta
quinta-feira (13) no Diário Oficial. Natalino Bertin foi condenado por lavagem
de dinheiro na Operação Lava-Jato, mas teve sua pena prescrita pelo juiz Sérgio
Moro.
A companhia estava em recuperação judicial desde 2009,
ainda antes de Bertin assumir seu controle, e no ano passado reduziu parte de
sua dívida de R$ 2 bilhões ao passar duas de suas seis usinas a credores. A
unidade Usinavi, em Naviraí (MS) foi assumida pelas gestoras Amerra e Carval,
enquanto a Ibirálcool, em Ibirapuã (BA), ficou com a Amerra. Com isso, o
endividamento da Infinity recuou para menos de R$ 1 bilhão.
Tais dívidas, porém, não estavam sendo pagas, conforme
prevê o plano de recuperação. As outras quatro usinas do grupo continuaram sem
operar nem gerar nenhuma receita. De acordo com informações dos autos, a
empresa mantém em seu quadro de funcionários apenas seguranças, para evitar
roubos nas unidades.
De acordo com o plano aprovado no ano passado, três
dessas usinas – a Alcana, localizada
em Nanuque, a Disa, em Conceição da Barra (ES), e a Cridasa, em Pedro Canário
(ES) – também deveriam ter sido vendidas. Contudo, o processo ficou paralisado
porque os credores não retiraram o gravame da alienação fiduciária.
A primeira usina a ser alienada seria a Disa, para pagar
cerca de R$ 30 milhões aos credores trabalhistas, seguida das demais. Após o
pagamento a esses credores, os recursos levantados com os leilões seriam
destinados, em sequência, aos credores extraconcursais e concursais.
Porém, a Infinity não constituiu sociedade para a
formação de uma unidade produtiva isolada (UPI) para os ativos da Disa dentro
do prazo. Com isso, a empresa deixou de pagar os credores trabalhistas,
perdendo o prazo em 25 de maio. Também não foram pagos R$ 341.877 de dívidas
com credores extraconcursais (não submetidos à recuperação), que no total têm
R$ 177 milhões a receber.
O plano ainda previa que a Infinity ficaria com a usina
Cepar, localizada em São Sebastião do Paraíso (MG) e com os canaviais da
Cridasa para manter sua atividade econômica. As unidades deveriam ter sido
arrendadas, mas os contratos não foram firmados.
Essas quatro unidades, porém, estão há muito tempo sem
operar, com indústria e canaviais em deterioração. As usinas Cepar, Cridasa e
Alcana não operam desde a safra 2013/14, e Disa não mói mais cana desde meados
de 2015/16.
Questionada pelo juiz, a empresa informou nos autos que
não possuía recursos para realizar os pagamentos e que seu único plano de
atuação para quitar seus créditos seria a alienação das usinas.
A decisão judicial pode ser contestada em segunda
instância. Porém, a falência pode facilitar a venda das unidades, segundo
fontes que participaram da recuperação.
Agora, as usinas do grupo passarão para uma massa falida,
a ser administrada pela Deloitte. (Fonte: Valor Econômico)
Resumo da ópera: NÃO TEM JEITO QUE DÊ JEITO EM NANUQUE. Enquanto isso, o prefeitim ruizim de projetim não move uma pallha para arrumar empreguim, um só empreguim, para o povim seu eleitorzim.
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