O bom filho sempre está de volta. E Zito Vieira está
sempre por aqui, revendo amigos, fortalecendo os laços de convivência, mesmo
com sua pesada agenda de compromissos em Belo Horizonte e nas mais de 800
cidades mineiras. Neste sábado, 10 de junho, ele retorna à sua terra natal para
comemorar ao lado de familiares e amigos do peito o seu aniversário: 52 anos.
A festa vai começar às 11 horas da manhã, no Rancho’s
(estrada Nanuque-Montanha), estendendo-se pela tarde e noite.
NOSSO ZITO
COM OS AMIGOS VEREADORES ARANHA E SIDNEI |
Candidato a senador pelo PCdoB nas eleições de 2010, o
nanuquense José Vieira Filho, o conhecido Zito Vieira, obteve nas urnas a
expressiva marca de quase 1 milhão e 500 mil votos em toda Minas Gerais (em
Nanuque, foram 6.377 votos recebidos).
Atualmente, exerce o cargo de diretor de serviços da
Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
Zito, um nanuquense
Zito nasceu por aqui em 1965.
É casado e pai de dois filhos, Nikolas e Arthur.
Filho de camponeses, Zito
Vieira, como é conhecido desde a infância, foi criado na Fazenda Boa Sorte, em
Itupeva, sul da Bahia, até os 6 anos de idade, quando retorna à cidade Natal
para ingressar na pré-escola. Aos 16 anos, após concluir o ensino fundamental,
deixa a família e vai para a região metropolitana de Belo Horizonte, a fim de
prosseguir com os estudos e de lutar pelo seu grande sonho de criança: ser
jogador de futebol.
Betim é a cidade onde dá
os primeiros passos no movimento estudantil, lutando pelo transporte para os
estudantes, nos anos de 1981 e 1982. Foi o responsável por várias manifestações
que o despertaram, então, para a atividade política. Nesse mesmo período, fez
teste no Clube Atlético Mineiro e no Guarani Futebol Clube. Sem sucesso no
futebol, alista no Exército Brasileiro aos 18 anos, em 1984.
Com o espírito de
lealdade, disciplina e amor à pátria, passa a ser conhecido como o “praça
distinta”, ou seja, o melhor soldado do quartel. Lá viveu durante 1 ano e 8
meses. Em paralelo, concluía o colegial na Escola Estadual Governador Milton
Campos, naquela época conhecido apenas como Estadual Central. Foi na condição
de aluno e de soldado que fez sua primeira leitura teórica do clássico “O
Manifesto Comunista”, influenciado pelo primo. Esse episódio, ao lado de outras
leituras, como a do jornal clandestino “Tribuna da Luta Operária”, é que pede
baixa do quartel em julho de 1985 para deixar de ser o “Soldado Vieira” e
assumir, de vez, a militância política.
Após o desligamento do
Exército ingressa na União da Juventude Socialista (UJS), entidade juvenil
organizada pelo deputado Aldo Rebelo e dirigida pelo Partido Comunista do
Brasil (PCdoB).
Em 1986, participa de sua
primeira campanha eleitoral, que foi a primeira experiência de “chapa própria”
do PCdoB, dentre as candidaturas estava a de seu grande amigo Ércio Sena,
responsável, junto com Claudinha, pela sua filiação ao partido. É nessa ocasião
que participa ativamente da campanha de Sérgio Miranda, candidato ao Senado nas
eleições daquele ano, e do então médico Célio de Castro à deputado federal
constituinte.
A partir daí, já em 1987,
assume a coordenação da UJS de Minas Gerais, onde é orientado pelo partido a
viajar por todo o Estado com a missão de implantar e consolidar o projeto da
organização juvenil que nascia em todo o Brasil. Nesse ano os núcleos da UJS de
Belo Horizonte, Betim, Santa Luzia, Montes Claros e João Monlevade, com o apoio
de vários jovens operários da siderúrgica Belgo Mineira, atual Arcelor Mittal,
ganham destaque pelo bom desempenho da coordenação.
Em 1989, seguindo
conselhos de líderes do PCdoB, ingressa na Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), no curso de Enfermagem, com a intenção de organizar a UJS e o partido
ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição. Na UFMG participa
ativamente das lutas estudantis e chega ao cargo de vice-presidente do
Diretório Acadêmico (DA) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e, em
seguida, de diretor do DCE.
Enquanto graduando,
participa do “Conselho Universitário” e torna-se uma voz incisiva na defesa dos
estudantes, principalmente durante a elaboração das novas normas acadêmicas da
universidade. É neste ano que se destaca na coordenação, representando a
juventude, da campanha histórica e memorável de Luís Inácio Lula da Silva, à presidência
do Brasil, com o famoso slogan “Lula lá”. Não conclui a graduação e tranca a
matrícula após dois anos de curso.
Com a morte do pai, em
1990, é forçado a deixar a militância na “Frente Juventude” e se torna assessor
político do Sindicato dos Metalúrgicos em Belo Horizonte. Essa foi a primeira
atividade política remunerada, tendo em vista as dificuldades financeiras que
passava com a ausência do pai. No ano seguinte, ingressa na direção estadual do
PCdoB.
Em 1992 é indicado para
assumir o “posto de agitação e propaganda” do partido, trabalho que exerce com
êxito. Poucos meses depois o partido elege 11 vereadores no Estado, sendo dois
da capital.
É reeleito para a direção
estadual do PCdoB, em 1994, e assume também a secretaria geral. Desempenhou a
função durante um período ininterrupto de 13 anos, até o ano de 2007, sempre
cuidando pelo zelo político, ideológico, orgânico, e pela disciplina
partidária. Por essa razão, se caracterizou como um “construtor” do partido.
Em 2004, depois de 13 anos
fora da universidade, retoma os estudos e concluiu o curso de Ciências Sociais
pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Nesse período
conquista amizades e adquire ainda mais experiências com os mestres e colegas
de curso, pelos quais sempre foi admirado devido à sua postura política. Além
de secretário, se torna vice-presidente do partido, em 2005, e ingressa pela
primeira vez ao Comitê Central.
Em 2006 assume a
presidência do PCdoB, com o objetivo de coordenar a mais desafiadora e complexa
batalha eleitoral: campanha da deputada federal Jô Moraes à Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte. De todas as campanhas que até então planejara,
essa teve destaque, pois foi nela que o partido recuperou, depois de meio século,
seu mandato estadual e federal, com os deputados Carlos Moura e Jô Moraes,
respectivamente.
Foi, também, secretário de
assuntos parlamentares, institucionais e políticas públicas do PCdoB e titular
da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel) da Prefeitura de Belo
Horizonte.
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